segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A CRUZ DE CRISTO OFERECE VERDADEIRA LIBERDADE

Descobri nestes anos que a pior prisão das pessoas é justamente não saber viver em liberdade. Todas as vezes que elas desrespeitam suas fronteiras de proteção instituídas pela cruz elas pisam em territórios em nome de uma liberdade cega. Descer da cruz e abraçar suas vontades é sem dúvida uma masmorra de tortura onde vidas são escravizadas pelo adversário. Alguém que desrespeita seus limites é aprisionada as suas próprias escolhas humanas as quais são compulsivas e inconsequentes. É incrível, como o ser humano após a queda desenvolveu uma necessidade crônica de querer escolher o que é melhor para si sem consultar a Deus acerca de suas opções de vida. Esta é uma obstinação doentia por independência que acaba levando o homem a um lugar oposto a liberdade, são cativeiros que aprisionam pessoas a uma busca insensata.


O mundo julga que aqueles que encontram Jesus são alienados. O que muitos chamam de alienação, talvez seja o lugar mais livre do mundo, onde podemos escolher realizar a vontade de Deus para nossas vidas. Quem encontra este lugar em Deus, usufrui de uma liberdade plena na consciência, no ato de ir e vir, de agir sem qualquer constrangimento, de pensar, de ter suas próprias convicções espirituais e de encontrar um lugar seguro no centro da sua vontade. Infelizmente, esse tipo de comportamento humanista tem invadido nossas igrejas e contaminado corações. O Salmista Davi questionou aos céus: O que posso dar a um Deus que tudo tem por todos os seus feitos? Simples: A sua vontade! Um Deus que tem tudo só não tem uma coisa: A sua escolha. Quando nos criou Deus nos deu um presente incrível chamado livre arbítrio e agora, Ele espera que devolvamos a Ele nossa vida por inteiro. Incrível como nas demais religiões as pessoas se enquadram ao padrão exigido às vezes de maneira ditatória e no Cristianismo as pessoas adéquam a religião a sua escolha pessoal como se a cruz fosse anatômica construída exatamente para suprir suas carências, ministrar suas necessidades, realizar suas ambições pessoais sem que haja qualquer tipo de abnegação.

Um homem de Deus não é reconhecido por suas conquistas na esfera da fé, mas pelo quanto renuncia por amor a Deus abrindo mão das suas vontades naturais para abraçar o propósito de Deus. As pessoas acreditam num evangelho personalizado, num Deus sob medida, num estilo de vida que não confronte suas deficiências. Muitos movimentos evangélicos positivistas com suas linhas de raciocínio deterministas realizam campanhas mobilizadoras no início de cada ano para que seus membros projetem seus sonhos para o ano que se inicia, mas não instruem as pessoas a ouvirem a Deus para saber se estes projetos estão de acordo com o que Deus está planejando para aquele determinado tempo. Achamos agora somos livres em Jesus e podemos ir atrás de tudo o que quisermos porque os desejos no nosso coração serão realizados e então começa uma odisséia de campanhas de prosperidade para alcançar ansiosamente tudo o que temos por direito. É claro que somos filhos, e como tais somos herdeiros, mas Liberdade no padrão humano não é o mesmo que Liberdade no padrão de Deus.

Quando aceitamos a Cristo entendemos se o filho não crescer nada difere de um escravo. Tenho um filho de cinco anos, e tudo o que eu tenho é dele, mas é óbvio que existem coisas que pela sua tenra idade está despreparado e desqualificado para assumir, dirigir é um bom exemplo. Seria imprudência da minha parte dar um automóvel nas mãos de quem ainda nem saiu dos cueiros. O mesmo acontece conosco, porque preciso barganhar com os céus e me apoderar de coisas que não são minhas só porque eu quero. Será que muitas vezes não agimos como o filho pródigo que pediu tudo o que era seu por direito e saiu pelo mundo afora? Ainda não era o tempo certo daquele rapaz tomar posse dos bens de seu pai, e ele fez isso em nome de uma libertinagem gananciosa. Você já se pegou perguntando por que um Deus que pode todas as coisas não nos deixa realizar, ter ou fazer algumas que nos trariam prazer? Simples, porque ainda precisamos amadurecer, somos pequenos demais para nos apoderarmos da herança. Com Deus, o único direito que temos é o direito de não ter direitos. Em Lucas 9:23 a seguir Jesus revela o segredo da verdadeira liberdade, aparentemente o preço disto é alto, existe um ônus a ser pago por quem escolhe negar a si mesmo, tomar a cada dia a sua cruz e seguir a Ele. Contudo, essa cruz só fica pesada se a carregamos de forma errada.

Neste tempo o sentido de “liberdade” está corrompido por ações imorais e ilegais, e a decisão mais certa a tomar é se entregar a cruz mesmo que ela possa deixá-lo em prejuízos. Mas ninguém quer perder não é mesmo? Na verdade quando escolhemos a cruz não estamos presos e impedidos de viver conforme nosso bel prazer nós estamos livres eternamente dos laços do maligno, livres do engano do mundo, do pecado que nos afasta de Deus, da humanidade caída com sentimentos e emoções doentes, da carnalidade e suas motivações erradas, do vazio interior das falsas escolhas, da religiosidade que nos vincula aos modismos gospel, livres da morte e do inferno. A cruz levanta muros em torno de nosso coração e nos protege de nós mesmos... Shúúúú...

Apóstolo Luiz Hermínio.

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