terça-feira, 6 de abril de 2010

História do Graffiti no Mundo, no Brasil e Curitiba + Wallpaper

salve galera ai vai um pouco da historia do graffiti de ctba:
História do Graffiti no Brasil e no Mundo

Aqui está um pequeno perfil do que ocorreu no inicio do Graffiti nos Estados Unidos, e como está a arte que veio parar no Brasil em São Paulo...
Graffiti (Hip Hop Culture): originou-se no final dos anos 60, onde muitos movimentos nesta época estavam em evidência, protestando em favor da paz.
O Graffiti “Sprai Can Art”, iniciou em New York, garotos que viviam em bairros mais pobres, pintavam seus nomes, personagens como Vaungh Bode (cartunista mais popular da época), retratava em seus quadrinhos um mundo místico e fantástico protestando contra guerra, retratava sua arte em carros de metrô, paredes de linhas prédios abandonados e becos...
Artistas como Taki, Ice Quimonnes, Phase2, Blade, Daze, Crash, Zephir, Lady Pink, Noc, Kase2 e muitos outros se expressavam através de seus painéis no meio caótico urbano.
O Graffiti se aliou a Cultura Hip Hop que crescia junto aos Jovens nesta mesma época, faziam parte desta Cultura: A Dança BREAK, que era realizada pelos Jovens B.BOYS e B.GIRLS, em ruas do centro em festas e clubes noturnos, os DJ´s que eram responsáveis pela discotecagem nas ruas, festas e clubes, Writers, (escritores de Graffiti) e os MC´s (mestres de cerimônia), responsáveis pela animação do público e a música RAP (rithym and poetry) = Ritmo e Poesia.
Com a explosão deste grande fenômeno, muitos participaram de matérias de jornais, revistas e tv, e até mesmo livros e filmes especializados como o Beat Street (NYC) Break Dance (Califórnia), estes dois filmes foram muito importantes para o início da Cultura Hip Hop no Brasil... Isto se deu mais ou menos em 84 e 85, onde a febre do Break Dance invadiu as ruas do grande centro de São Paulo.
Junto com o Break Dance vieram op Rap os Dj´s e o Graffiti. Nesta época em São Paulo já existia o Graffiti, mas de outro estilo, feito com moldes o então chamado ( Stencil Art), e estilos Livres como John H e Rui Amaral.
O Graffiti Spray Can Art começou a tomar Seu Lugar em linhas de trens, estações e paredes escondidas das periferias de São Paulo, mais eram poucos os que faziam Graffiti.
Em cada zona de São Paulo havia um ou dois escritores de Graffiti, mais tarde a cultura foi evoluindo, dançarinos, mc´s, dj´s e escritores de Graffiti, passaram a se encontrar no metrô São Bento (Centro de São Paulo) grupos como Street Warriors, Back Spin, Nação ZULU, Funk e Cia, Crazy Crew, disputavam na dança a melhor Turma, Mc´s com Thaide e Dj HUM, Blow, Marrom, tocavam seus sons nos latões de lixo na Estação, também escritores de Graffiti como Zelão, Deff Kid, Kaze, Os Gêmeos, Puma, Branco (Guerra das Cores), Vitché, trocavam informações.
Em outras partes da cidade outros escritores, também realizavam Graffiti da cultura HIP HOP, mas não estavam ligados direto a ela: Spetto, Cícero e Jorge (Aerosol), Binho, Tinho, e outros. Muitas coisas ligadas ao Graffiti aconteceram nesta época (89, 90, 92) como Workshop, Exposição em galerias, encontros promovidos pela Prefeitura de São Paulo e pela FEPASA, premiavam artistas em concursos...
Grandes painéis foram realizados na cidade de São Paulo como forma de decorar grandes avenidas como avenida Paulista, Amaral Gurgel, Túnel 9 de Julho e muitas outras.
Algumas visitas de escritores estrangeiros também ajudaram trazendo novas informações.
Desde o início (80´s) até os dias de hoje, o Graffiti evoluiu muito, e esta em constante evolução...
Em transformação com novas técnicas, lugares, técnicas, uso de spray, e tinta látex...
O Hip Hop se espalhou por todo Brasil, outros estados começaram a buscar informações e a difundir esta rica cultura.
O Intercâmbio hoje em dia é bem maior, através de Livros, Internet, outros artistas do exterior que visitam nosso país, trazem novas informações.
Hoje em dia artistas de Graffiti são chamados para expor em grandes galerias do mundo todo, como a Exposição América Graffiti, que viajou toda América, e veio para o Brasil mostrando as origens do Spray Can Art, artistas como: Lee Quinoles, Quik, Daze, Crash, Kate Herring, Futura 2000 e outros, cerca de 110 obras com técnicas variadas.
Em São Paulo coisa deste tipo também aconteceram e tem acontecido como workshops, oficinas e as mostras de Graffiti, como a do MIS ( museu da imagem e do som), Funarte, Espaços Alternativos e Centros Culturais.
A história continua, aqueles que estudam se dedicam em buscar o estilo autêntico, uma rima inteligente, um toque perfeito a batida certa, e respeito, estão dando continuidade a esta infinita cultura.
Hoje saímos e podemos ver artistas de Graffiti se expressando de várias formas.



A história do Graffiti em Curitiba.

Ao contrário do que aconteceu em São Paulo, o Graffiti em Curitiba teve seu espaço conquistado por intermédio de jovens se identificando com uma nova forma de diversão.
Como as grandes metrópoles brasileiras são grande influência para as demais capitais, despertou interesse de jovens querer conhecer uma nova maneira de expressar seus sentimentos, e o Graffiti por sua vez teve entrada na história da cidade.
Tudo começou, como nas maiorias dos casos, a partir de colegas que saiam para demarcar território através de pixações, onde adolescentes e jovens saem em busca de auto afirmação.
Em meados de 96/97, um jovem de Curitiba comprou uma revista paulistana que abordava o Graffiti como tema principal, sendo uma fonte de inspiração para levar para as paginas murais urbanas, não demorou muito para despertar interesse de outros jovens, iniciando no bairro do Xaxim (berço do Graffiti curitibano) onde começaram dois escritores desta arte efêmera a desenvolverem então os seus iniciantes projetos.
Cimples e Léo então começaram a pintar muros da vizinhança por puro prazer e diversão, iniciando uma até então nova modalidade de expressar seus sentimentos desejos e emoções através desta arte pouco conhecida e descriminada.
Formaram então o primeiro grupo de Graffiti de Curitiba na época chamada de P.R.I.M.O.S (Pia Rápido Ilustra Muro Oferecendo Solução), solução a qual era usada como solução as pixações.
Logo após mas no mesmo ano de 1997, outros jovens foram influenciados pela coqueluche das latinhas, tais como: Gus, Cores, Os Careca, Os Doido, Os Careta, Crevo, Alveri, Os Maluco, carnero, Pan, Boneco, Pizza, Os Loco do Jardim Paranaense e Mar.
Desde então os bairros de Curitiba os outros bairros de Curitiba nunca mais foram os mesmos.
Antes do ano de 97 houve outras breves aparições então de Graffiti Writers ou escritores de Graffiti de outras Cidades e estados.
Hoje o Graffiti tem sido confundido com Pixações, e mal interpretado pelas autoridades e governantes, apesar de no meio do Graffiti a pixação ser considerada como Graffiti Bomber, um estilo de Graffiti ao qual é feito sem autorização, regras, onde quem no meio da pixação tiver o nome escrito nos lugares mais difíceis, altos e perigosos, tem melhor repercussão, consideração e ganha mais “ibope”.
Hoje os escritores de Graffiti, estão mais escassos devido ao problema de falta de valorização desta cultura urbana.
Cimples, nome artístico de um dos desbravadores e ícone pioneiro da arte na cidade, hoje faz exposições de suas artes, como esculturas, intervenções, mostras, desenhos, telas, pinturas, e outras artes alternativas em museus de Curitiba e outras Cidades, já deu seminários, palestras, cursos e workshops.

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